Quatro anos após ter levado um
tiro na cabeça, o paraguaio Salvador Cabañas diz ter perdido todo seu dinheiro
para a esposa, María Lorgia Alonso, e vive atualmente como padeiro em sua cidade
natal, Itaguá, a 30 quilômetros de Assunção, ajudando os pais na padaria da
família. A história foi revelada pelo ex-atacante à agência AFP.
De acordo com Cabañas, María
vive na luxuosa mansão comprada pelo ex-jogador na capital do Paraguai, avaliada
em US$ 5 milhões, com os dois filhos do casal. O carrasco de Flamengo e Santos
na Libertadores de 2008 afirmou estar separado de María, que teria tido a ajuda
de um advogado e do empresário do ex-jogador, José González, para aplicar um
golpe e ficar com sua fortuna.
- À medida que o tempo passa
eu vou me dando conta de muitas coisas... Até o advogado se vendeu para eles.
Ela (María) diz que o dinheiro acabou - disse Cabañas, revelando que chegou a
assinar documentos usando a impressão digital a pedido da
esposa.
Sem dinheiro, o ex-jogador se
mudou para a casa dos pais (Dionisio e Basilia Cabañas) e acorda diariamente às
4h para ajudar no negócio da família, uma padaria. No dia 25 de janeiro de 2010,
o então atacante do América do México levou um tiro na cabeça, dentro do
banheiro do "Bar Bar", na Cidade do México.
- Quando aquilo aconteceu, eu
havia assinado um pré-contrato por US$ 1,7 milhão para uma transferência para a
Europa. Me falaram que o destino seria o Manchester United. O América me
segurou, me dera um apartamento em Acapulco e outro em Cancún, dobraram meu
salário...
O pai do ex-jogador também
acusa a esposa do filho de ter dado um golpe para ficar com o dinheiro acumulado
na carreira:
- Ele foi vítima duas vezes.
Acabaram com sua vida profissional no melhor momento de sua carreira e depois se
aproveitaram dele, sua própria esposa, seu representante e seu advogado - disse
Dionisio.
Apesar dos problemas, Cabañas
respondeu com bom humor ao ser questionado sobre sua principal lembrança do
futebol: o apelido "Gordinho" dado pelos torcedores brasileiros quando fez
sucesso ao eliminar o Flamengo na Libertadores de 2008.
- Algum tempo depois joguei
pela seleção paraguaia e vencemos o Brasil, em Assunção, com um gol meu pelas
eliminatórias. Antes da partida de volta, no Brasil, a imprensa publicou:
"Cuidado com o Gordinho". Achei muita graça.
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