Secretário não acredita que Fifa seja 'mão-de-vaca' e pede Ilê no sorteio da Copa; Ivete deve ficar fora

Fotos: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Na imprensa nacional surgem, desde o anúncio da
escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, notícias de disputas entre
a Fifa e governos por gastos com os jogos, como no caso das estruturas
complementares (ver aqui). A entidade aparece
como órgão que pressiona os gestores a pagar o máximo possível, enquanto as
administrações buscam frear os custos. A bola da vez é o governador Jaques
Wagner (PT), que, segundo a coluna Radar On Lina, da revista Veja, teria se
envolvido em uma queda de braço com a entidade máxima do futebol. O Olodum
também estaria na pauta, com um pedido para que a banda símbolo da cultura
baiana se apresentasse de graça, tendo como pagamento a exposição para dois
bilhões de telespectadores do sorteio da Copa, no dia 6 de dezembro, na Arena
Sauípe, no litoral norte do estado. Em entrevista ao Bahia Notícias, o
secretário estadual para Assuntos da Copa, Ney Campello, negou que as conversas
tenham sido quentes e classificou os acordos como uma negociação comum. “Não
houve pressão. A Fifa apresentou uma estrutura de requerimentos para o sorteio
final e o governo do Estado busca economizar. Isso é negociação”, disse. No
entanto, é possível verificar que as demandas da Fifa ficaram bem aquém no
contrato final, que teve o preço inicial de R$ 15 milhões reduzido para R$ 6,4
milhões, que serão custeados pelo Executivo baiano. O secretário garante que
houve "competência" do Estado na negociação e aponta como uma das razões para a
redução o fato de a Arena Sauípe ter sido paga pelo próprio complexo hoteleiro,
que gastou R$ 14 milhões na estrutura.

Foto: Reprodução Youtube
Em relação ao Olodum, o presidente do grupo, João Jorge, afirmou que ainda está em fase de negociação a participação dos músicos do Pelourinho, mas garantiu que não há possibilidade de apresentação gratuita. Ney Campello ainda pediu que a Fifa inclua outra banda baiana no cast. “Temos que ter o Ilê Aiyê tocando lá, banda que está fazendo 40 anos. É uma entidade da maior relevância e deveriam estar as duas [Ilê e Olodum]. Já encaminhei como sugestão à Fifa”, adiantou o titular da Secopa, que disse não acreditar na hipótese de o órgão pedir um acordo sem gastar, modalidade popularmente conhecida como “mão-de-vaca”. “Não tem cabimento. Quem faz um evento como esse tem que contratar e pagar”, resumiu. O sorteio também deve ter uma atração nacional e outra internacional, mas ainda não foram definidos os nomes. Sobre um eventual show de Ivete Sangalo, o secretário disse não acreditar, pois ela teria que entrar na cota das duas outras atrações, embora não rechace a possibilidade.
Comentários
Postar um comentário